O artista francês Guillaume Legros, conhecido como Saype, escolheu o Rio de Janeiro como uma das 30 cidades no mundo a receber parte da sua obra “Beyond Walls”. A pintura de mãos entrelaçadas foi feita com tinta biodegradável, porém já nem pode mais ser vista nas areias de Copacabana.
A obra de Saype possui natureza efêmera, ou seja, de vida curta ou transitória, assim como esculturas de gelo, performances, desenhos formados por drones e tantas outras expressões artísticas.
As obras efêmeras representam um desafio para os Direitos Autorais. Por mais que o artigo 7º da LDA deixe claro que a fixação não é um pressuposto para que uma criação seja tutelada no Brasil, muito menos a fixação perpétua, definir o escopo de proteção e as condições para exercício dos direitos de exclusividade é tarefa árdua na prática. Por isso, muitas vezes é aconselhável o registro da obra com o auxílio de um advogado especializado, ainda que a proteção de Direitos Autorais independa de registro.
Beyond Walls em Copacabana — Foto: Saype