O Brasil passou da posição 57 (em 2021) para 54 (2022) no ranking do Índice Global de Inovação (IGI), divulgado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), estudo referência na avaliação do tema. Mesmo diante das dificuldades locais, o Brasil ocupa o 9º lugar entre as 36 economias de renda alto e média (upper-middle-income group) e o 2º lugar entre as 18 economias que formam a América Latina e Caribe, atrás apenas do Chile.
De acordo com o relatório da OMPI, o Brasil está performando melhor do que a expectativa na relação entre inovação e renda per capita. Dentre os sete pilares para calcular o índice global de inovação, o Brasil se destaca em seis na comparação com os países da América Latina e Caribe e no grupo de países com renda alta e média. Somente me um pilar (instituições), o Brasil está abaixo da média.
Os sete pilares são: (1) capital humano e pesquisa, (2) infraestrutura, (3) sofisticação de mercado, (4) sofisticação de negócio, (5) conhecimento e produtos de tecnologia, (6) resultados e produtos criativos e (7) instituições. A melhor posição do Brasil é de sofisticação de negócios (35 no ranking global) e a posição mais baixa no índice é em instituições (102).
Com o intuito de classificar as economias de 132 países, são usados cerca de oitenta indicadores divididos por dois subíndices: o subíndice de insumos de inovação (innovation inputs) que é responsável por avaliar os elementos econômicos que viabilizam e facilitam o desenvolvimento de atividades inovadoras; e o subíndice de produtos de inovação (innovation outputs) capta o resultado efetivo das atividades inovadoras no interior da economia. No subíndice de produtos de inovação, o Brasil subiu 6 posições (de 59 em 2021 para 53 em 2022) e no subíndice de insumos de inovação, o país manteve a posição do ano anterior (58).
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Apesar da ascensão em relação ao ano de 2021, passando do 57º para o 54º lugar, o Brasil segue sete posições atrás em relação ao ano de 2011, quando ocupava o 47º lugar. Mesmo com as dificuldades econômicas e redução de investimentos públicos, o resultado demonstra um esforço e dedicação das empresas brasileiras e que o país é um lugar propício para se investir e trabalhar com inovação.
O relatório do IGI destaca que São Paulo é um dos nove clusters de ciência e tecnologia no mundo das economias de renda média fora da China (as outras estão na Índia, Turquia, Irã e Rússia). Além disso, o índice da OMPI destaca Rio de Janeiro e Porto Alegre como áreas urbanas com potencial tecnológico na América Latina.
A lista dos Índice Global de Inovação de 2022:
1. Suíça
2. EUA
3. Suécia
4. Grã-Bretanha
5. Holanda
6. Coréia do Sul
7. Singapura
8. Alemanha
9. Finlândia
10. Dinamarca
11. China
54. Brasil