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Jogador de futebol é processado por usar uma marca que ele mesmo popularizou, mas não registrou

Os jornais esportivos divulgaram uma reportagem pouco usual nesta semana. O atacante do Flamengo Bruno Henrique foi acionado pela Justiça a pagar uma indenização de cerca de R$13 milhões por uso indevido de marca. Uma torcedora do clube, chamada Josineide Constantino Dantas, quer impedir o jogador de explorar comercialmente a marca “Outro Patamar” argumentando que ela possui o registro da marca no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) sendo a única que poderia usar a marca no comércio de roupas e artigos esportivos, entre outros produtos.

 A expressão “outro patamar” foi utilizada por Bruno Henrique em 2019 após uma partida do Flamengo contra o Vasco. Na ocasião, o atacante disse que a sua equipe estava em “outro patamar” e que não deveria ser comparada ao rival, que estaria em nível de qualidade muito abaixo, haja vista que o Flamengo disputava o título nacional e continental. A frase virou slogan da torcida, meme, título de música de rap e de uma loja de artigos esportivos do próprio Bruno Henrique. Na época, a torcedora Josineide achou que o bordão seria um bom nome para uma marca de roupas esportivas e procurou o INPI para registrar a marca. No processo em que pede a indenização milionária, a torcedora alega que o atleta “tem se valido da marca da autora para obter lucros e subsídios comerciais”.

Esse episódio inusitado divulgado recentemente na mídia revela uma preocupação relevante para as pessoas de que é necessário registrar e proteger sua marca antes de ser “vítima” dela.

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